Você sabe o que é capacitismo?

Hoje, dia 21 de setembro, é o dia Nacional de Luta da Pessoa Portadora de Deficiência. Esta data, embora comemorada desde 1982, foi oficializada em 2005, através da Lei nº 11.133. A escolha deste dia se deve a ideia de que, faltando poucos dias para o início da primavera, estação em que há o surgimento das flores, este dia representaria o nascimento e a renovação da luta das pessoas com deficiência.  

E o que significa, então, a palavra capacitsimo?

O capacitismo surgiu da palavra em inglês “ableism”, que significa insultar ou ofender uma pessoa por conta de sua deficiência, inferiorizando-a. Este termo é utilizado para relatar a discriminação e a subestimação da capacidade do portador de qualquer deficiência.

Tal preconceito não ocorre somente de maneira direta, mas também de forma velada, recorrendo o agressor a possíveis “brincadeiras” relacionadas à capacidade corporal e/ou cognitiva das pessoas com deficiência, as quais as desvalorizam e as desqualificam.

Apesar dos preconceitos, com o decorrer do tempo, as pessoas com deficiência passaram a ser reconhecidas como dignas de direitos e proteção, sendo necessária a criação de leis para o efetivo amparo. 

Uma dessas legislações, elaborada visando a inclusão dessa parcela da sociedade no ambiente de trabalho, foi a Lei nº 8.213/91, que determinou que empresas com 100 ou mais funcionários preenchessem 2% a 5% de seus cargos por pessoas portadoras de deficiência. Esta lei possibilitou uma ampla contratação de cidadãos portadores de deficiência, porém, ainda hoje, há uma grande barreira a ser quebrada no local de trabalho para que haja uma efetiva inclusão.

É extremamente necessário que as empresas integrem de forma verdadeira estes empregados, fazendo com que o ambiente de trabalho não se torne mais um local onde serão vítimas.

E como fazer isso?

Através da conscientização dos demais empregados e da orientação de como devem se comportar, explicando que não se deve ficar olhando fixamente para os colegas portadores de deficiência, infantilizar adultos com deficiência, fazer piadas e rir de piadas capacitistas, usar termos como “especial”, “inválido”, “aleijado”, “retardado” ou até mesmo usar expressões como “joão sem braço”, “que mancada”, “esta pessoa finge demência”.

Se faz necessário, portanto, a inclusão de forma saudável, incorporando as pessoas portadoras de deficiência de forma para além da previsão legislativa, cedendo-lhes um ambiente de trabalho seguro, sem piadas, sem desconforto, sem capacitismo.

Ficou com alguma dúvida? A equipe do escritório Cordeiro & Gonçalves está disponível para esclarecê-las!  

Gabriela Zucco da Silva